Preocupação cresce com a diminuição da cobertura vacinal e o possível ressurgimento da doença no estado

A queda no índice de vacinação contra a poliomielite revela uma grande preocupação para os catarinenses e para a Secretaria de Estado de Santa Catarina (SES). Esta queda acende um alerta para o retorno da epidemia no país. A última vez que a meta de 95% de cobertura vacinal foi alcançada foi em 2017, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado.

Santa Catarina registrou o último caso da doença em 1989, e a última morte em 1987. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (agente que causa a poliomielite) desde 1990.

O Dia Mundial de Combate à Poliomielite, comemorado nesta terça-feira (24), reforça o compromisso do estado em elevar a meta vacinal para 95% da população, atingindo o mesmo patamar de 2015 (95%) e 2017 (96%). Desde então, no entanto, o percentual vem caindo: chegou a 83% em 2021, e 86% em 2022.

Vacinação contra a poliomielite

A vacina contra poliomielite é indicada para todas as crianças menores de cinco anos. São três doses, e mais duas de reforço.

• 1ª dose: 2 meses com a vacina injetável
• 2ª dose: 4 meses com a vacina injetável
• 3ª dose: 6 meses com a vacina injetável
• 1º reforço: 1 ano e 3 meses com a vacina oral (gotinha)
• 2º reforço: 4 anos com a vacina oral (gotinha)

Poliomielite

A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença viral altamente contagiosa causada pelo poliovírus. Ela afeta principalmente crianças menores de cinco anos, e pode levar à paralisia muscular permanente, em particular nas pernas. A infecção pelo poliovírus pode ser assintomática em muitos casos, mas em outros, pode resultar em sintomas leves, semelhantes a um resfriado comum. No entanto, em casos mais graves, o vírus pode invadir o sistema nervoso central, causando danos nas células nervosas e levando à fraqueza muscular, paralisia e, em casos extremos, à morte.